Diarreia é uma condição caracterizada pelo aumento do número de evacuações e a perda de consistência das fezes, que se tornam aguadas. Uma das complicações mais perigosas é a desidratação. Adultos são mais resistentes, mas bebês, crianças e idosos desidratam-se com facilidade, até em menos de 1 dia.
Embora estejamos acostumados a relacionar diarreia à intoxicação alimentar (logo pensamos no que comemos antes do episódio, tentando identificar alguma comida diferente do habitual), há muitas causas possíveis, como por exemplo: Toxinas bacterianas como a do estafilococus, Infecções por bactérias como a Salmonella e a Shighella, Disfunção da motilidade do tubo digestivo, Parasitas intestinais causadores de amebíase e giardíase, Efeitos colaterais de algumas drogas, por exemplo, antibióticos, altas doses de vitamina C e alguns medicamentos para o coração e câncer, Uso de antibióticos; Abuso de laxantes, Intolerância a derivados do leite pela dificuldade de digerir lactose (açúcar do leite), Intolerância ao sorbitol, adoçante obtido a partir da glicose, Infecções virais entre outras causas.
Dentre as doenças transmitidas pela água as mais comuns são: Diarreia por Escherichia coli (cepas patogênicas), Amebíase, Cólera, Leptospirose, Disenteria bacteriana (shiguelose), Hepatite A, Febre tifoide, Ascaridíase e Rotavírus.
Cabe salientar que as medidas de controle e tratamento da água para consumo humano são eficazes em eliminar os agentes causadores dessas doenças. E que as empresas de tratamento e distribuição de água estão sujeitas a rigorosas regulamentações para garantir a potabilidade da água distribuída, bem como também estão sujeitas a fiscalizações rotineiras tanto pelos órgãos municipais quanto estaduais de vigilância.
A Secretaria Municipal de Saúde através do Departamento de Vigilância Sanitária informa que é realizado mensalmente a verificação dos parâmetro básicos de potabilidade da água para consumo humano em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde Nº 888/2021 em que menciona que é obrigatório a manutenção de no mínimo 0,2 mg/L de Cloro Residual Livre e valor máximo permitido de 5 mg/L nos sistemas de distribuição pela empresa responsável pelo fornecimento do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) para a população. A permanência do cloro residual na água assegura o monitoramento da qualidade microbiológica, desde o ponto de tratamento até o ponto de consumo para a sua potabilidade.
Assim sendo, o Departamento de Vigilância Sanitária vem realizando análises em campo para verificação do parâmetro de Cloro Residual Livre periodicamente em pontos de consumo localizados no perímetro urbano do município de Nova Aurora e distritos. Os valores médios das análises de campo encontrados nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2023 são de: 0,71 mg/L, 0,94 mg/L e 1,23 mg/L respectivamente, comprovando que os valores verificados apresentam-se em conformidade com a legislação vigente.
Da mesma forma, o departamento recomenda que para a prevenção de casos de gastroenterites diarreicas, podem ser evitadas através de cuidados básicos:
•    Higiene das mãos frequentemente com água e sabão;
•    Lavar as mãos antes e depois de usar o banheiro;
•    Utilizar álcool em gel sempre que possível;
•    Lavar bem os alimentos como frutas, verduras antes de consumi-los;
•    Manter adequada conservação e preparo dos alimentos;
•    Manter lixeiras bem vedadas e tampadas e com o menor tempo possível na residência;
•    Manter higiene pessoal e hábitos saudáveis;
O Departamento de Vigilância Epidemiológica informa que nos meses de fevereiro e março, nas semanas epidemiológicas 07, 08, 09 e 10 foram notificados 28, 13, 38 e 28 casos respectivamente. O que, de fato, simboliza aumento no número de notificações, sendo a média anterior de 7 casos por semana. Contudo, cabe salientar que, as causas de diarreia devem ser investigadas através de uma boa entrevista com o paciente, uma vez que é sintoma de várias doenças e não apenas de veiculação hídrica.